No Idea

sexta-feira, abril 20, 2007

Não há letras

Pela data do último post com conteúdo já se deduzia a inactividade deste blog. Porém, para os mais desatentos realço neste post que o No Idea está inactivo. Isso significa que é muito provável que comentários mais recentes não cheguem a ser lidos tão cedo, pelo que o melhor é tentar transmiti-los directamente à pessoa.

sábado, abril 23, 2005

Eu olhava

Peço desculpa pela ausência de novos posts, mas bem... aqui está mais um.
Naquele dia de Primavera
Eu olhava...
Sim, eu olhava.
Olhava mais do que via,
Via mais do que pensava,
Mas no fim de contas...
Sim, eu olhava.

Não esperava ver passar,
Lá no céu bem alto,
Outra coisa que não nuvens.
Mas continuei a olhar,
Nunca levando os olhos ao asfalto
Que reinava nesse lugar.

Olhei tão longe que me perdi,
Perdi-me tanto que me encontrei,
Saltei pela janela e corri,
Tentando alcançar o que não cheguei.

Não era o astro rei,
Nem algo que se lhe parecesse.
Procurei, procurei,
Olhando de olhos fechados,
Correndo no mesmo lugar.

Sim, eu olhava...
Algo que não encontrei
Nem consigo explicar.

domingo, março 20, 2005

Esquecimento...

Hoje saiu isto... espero que gostem de qualquer maneira.Não percebo a razão
Apenas sei que acontece...
Não penses que deixa de ser,
Aquilo que parece...

Dói-me aqui bem fundo,
Sopro lento de outro mundo,
E pergunto-me porquê.

Fui posto de lado é certo,
O meu futuro de nevoeiro coberto,
Por uma mão invisível,
Mas ainda assim suficientemente "sentível",
Que me causa um arrepio,
Lento, doloroso e frio.

Dói-me aqui bem fundo,
Sopro lento de outro mundo,
Pelas coisas que julgo ter perdido.

No esquecimento tudo foi lançado,
Aproximou-se a solidão...
Tal qual negro e infame passado,
Lançando-me nesta ilusão.

Foram bons momentos passados,
Que agora parecem findados...
Olho para vós e não existo,
Não passei de um ponto no tempo,
Misto.

Dói-me aqui bem fundo,
Sopro lento de outro mundo,
Por aquilo que esteve e já não está.

quinta-feira, março 17, 2005

Nunca te perguntaste?

Escrevi este poema hoje mesmo... apesar do excesso de interrogações acho que ficou bom, eu gostei pelo menos.

Alguma vez pensaste
Que o próprio pensamento
Coisa que sempre usaste
Não passará de um instrumento
Para o caminho que percorres?

Nunca imaginaste
Que o que pensas pode já
Estar pré-determinado,
Escrito, feito, acabado,
Até chegares ao lado de lá?

Haverás alguma vez
Posto nessa tua cabeça,
Que ai dela que algo esqueça,
Que nas linhas que lês
Se encontra o teu futuro?

Serás apenas um boneco,
Do tempo e sem liberdade
Lutando sem a mínima vontade
Tal qual marioneta com fios sem cor?

Se nunca te perguntaste,
Sinal de que nunca te importaste,
Com esta vida de princípio e fim definidos,
Gritos, risos, desinibidos,
Não merecerás saber a verdade,
Daquilo que te determina.

Pois de vida e morte encontrada,
Tudo termina e começa no nada...

terça-feira, março 08, 2005

Luz

Não está la muito bom mas senti-me na "obrigação" de postar qualquer coisa ^^'
Em cada sorriso
Em cada olhar
Só busco a luz
O seu intenso radiar
Que me faz sorrir,
Ouvir e calar...

Sem protesto,
E com vontade
Parto nessa busca,
Na busca dessa que me faz viver...

Essa luz que me faz olhar em frente
Luz que me faz sorrir contente
Luz que teima em esconder-se,
Para naquela ou outra corrente,
Se mostrar brilhante e abertamente.

Eu procuro a luz,
A luz que ilumina e aquece...
Podes ter a certeza,
Que se tal não é,
Tal parece...

Será verdade que sem luz não há sombra?
Ou a existência de uma não inviabiliza a existênca de outra?

sábado, fevereiro 19, 2005

Dead-end

Sometimes...
Death is the only way out.
Out of a way you can't follow,
Out of a lie you can't deny.

Sometimes...
Sun stops shining.
Shining like the very first time,
Shining like it won't ever end.

Sometimes...
World stops thinking.
Thinking in you and all of us,
Thinking he might be more than he seems.

Sometimes...
Under all this web of feelings,
You fall down,
Begging for another chance, for a better life.

Sometimes...
You see yourself right in front of a strong wall.
Will you keep facing it?
Will you run?

If what you left behind is your past,
You simply can't return back.
That's when you realise there's no choice:
You reached a dead-end.

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Noite

Maybe not perfect but...
Noite escura e ilusória,
Que me envolve, me inspira,
Longa é a memória,
Do dia quente, noite fria.

Noite vaga mas palpitante,
Sítio do incerto e do desconhecido...
Receosa, obscura, refrescante,
Livro que julguei ter lido.

Noite, estranha noite,
Que teimas fugir do dia:
Mostra-me que o silêncio e o som,
Co-habitam em harmonia.

Oh Lua tu que navegas,
Nesse mar negro e sonhador...
Forte, branca, lusidia,
De antigo e efermo explendor.
Mostra-me onde está a passagem,
Para em ti navegar,
Provar que não és miragem,
Que és mais que um olhar.

Noite, sábia iluminada,
Qual o segredo em ti encerrado?
Pó brilhante na face,
E um olho abençoado?